Crônicas do Bloco de Notas - Nº3: EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA - Notícias sobre a Bienal

Estou privando vocês do seu capítulo semanal de "Precisamos falar sobre Marian" para falar um pouco sobre a minha presença na Bienal do Livro de São Paulo! (Mentira, vou enviar amanhã, mas vocês sabem que já está concluida no Wattpad)

Eu imprimi a tal credencial de autora no site na Bienal, e até fiz um design de marca-páginas para imprimir e distribuir no evento - vejamos se as finanças contribuem para essa última parte.

Mas além da minha presença individual no evento, eu também ficarei alguns dias num estande, e queria falar um pouco sobre isso.

História da família

Eu não me sinto confortável de falar muito da minha religião no Twitter, mas eu sou membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. E uma coisa extremamente importante para nós é a pesquisa genealógica.

Jesus disse:

Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. (João 14:6)

E não

Eu sou o caminho, e a verdade e a vida, mas no fundo o que importa é ser uma pessoa legal.

O que tornaria as coisas bastante complicadas para pessoas que viveram num tempo ou local em que não ouviram falar de Jesus Cristo. Mas a questão é que Deus é justo, e providenciou para que as pessoas que não receberam o Evangelho em vida possam receber na morte.

No mundo espiritual (pós-vida) essas pessoas vão ter a oportunidade de ouvir sobre Jesus Cristo, e aceitá-lo (ou não. Liberdade de escolha continua existindo depois da morte). Mas o batismo é um ritual físico, e espíritos não tem corpo. É aí que entra a genealogia.

Tendo em mãos o nome, local e data de nascimento de um familiar falecido, um membro digno da igreja pode ir a um templo - um local de adoração que para nós é muito sagrado, e que requer preparação para entrar, diferente das capelas comuns que vamos aos domingos e estão sempre abertas para receber visitantes - e fazer um batismo "em lugar e a favor" desse antepassado falecido.

Não temos como saber se esses antepassados aceitaram ou não o batismo, mas é nosso dever dar a eles essa oportunidade.

O estande do Family Search na Bienal

Saindo agora da parte espiritual e indo para assuntos mais práticos, é aí que entra o Family Search.

O Family Search é um recurso de genealogia. Nele você pode fazer a árvore da sua família, acrescentar recordações - fotos de parentes, gravações da sua avó contando um causo da infância dela, documentos de imigração - e pesquisar milhares de bancos de dados de registros.

(Inclusive, talvez vocês já tenham visto alguns dos meus tweets sobre #indexação . Indexação é quando pegamos fotografias de registros e digitamos as informações relevantes para eles se tornarem buscáveis no site. Eu escrevi sobre isso no blog)

Frequentemente na faculdade eu pedia para olhar as anotações dos colegas, e muitas vezes as pessoas respondiam “Minha letra é feia”. Minha resposta padrão era dizer: “Sua letra não é pior que a de um funcionário de cartório dos anos 30. Acredite, eu sei.” Isso levava a conversas sobre porque exatamente eu estaria familiarizada com…

No estande do Family Search da Bienal, vamos focar em ajudar pessoas a criarem conta no site e começarem a montar sua árvore genealógica. Vão ter alguns recursos divertidinhos, tipo busca pela origem do sobrenomes, e no fim imprimimos um poster com sua árvore.

Eu me voluntariei para estar no estande nos dias

  • 03 (Domingo), das 13:30-17:30 e das 18-22.

  • 04 (Segunda), das 13:30-17:30.

  • 07 (Quinta), das 13:30-17:30.

  • 09 (Sábado), das 8:30-12:30

Terminando meu turno no estande, eu fico livre pra ficar zanzando pelo evento.

Deem uma passadinha lá, levem os nomes e informações de nascimento dos seus avós anotadas, e vamos ver quantas gerações da sua família eu (ou meus coleguinhas do estande) conseguimos encontrar! Essa é uma das opções de visualização do site, mas os que vamos imprimir no estande são mais legais:

E por último... lançamento.

No marca-páginas que espero distribuir na Bienal vou ter um link para as minhas publicações, e a mais nova delas será uma antologia de histórias de viagem no tempo!

Um dos programas da igreja é um curso de religião para jovens adultos, e além das aulas sobre as escrituras em si temos as atividades culturais - esportes, bailes, e no caso das unidades sortudas com diretores que se importam com os nerds (tipo a nossa) clube do livro e RPG. Como quase todo mundo no clube do livro escrevia também, crimos um clube de escrita.

Todo mês ou fazíamos algum exercício - diálogos, conflito, descrição sem usar X palavra - ou discutíamos um artigo sobre tópicos de escrita. E em 2021 surgiu essa ideia de lançar alguns dos contos que escrevemos.

Essa é a origem de "Continuum: histórias de viagem no tempo". Meu conto se chama Diário de Quarentena do Viajante do Tempo, e ele acabou ficando grandinho porque eu me empolguei e usei para extravasar meus sentimentos de frustração com a pandemia.

Continuum vai ficar disponível na Amazon a partir do dia 1º de julho, e pretendo deixar gratuito durante a semana de volta às aulas do curso de religião em agosto.

Enfim, é isso. Sinto que essa edição foi meio longa, com eu só cuspindo em vocês ascoisas sobre as quais fico empolgada, mas foi de coração. Quem tiver perguntas para fazer, ou quiser marcar de se ver na Bienal, só vem!

O capítulo de "Precisamos falar sobre Marian" chega amanhã.

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