Anotações No 25 — Cansaço

Post-its coloridos e algumas coisinhas que estou fazendo para relaxar.

Eu gosto de acreditar que vocês estão muito tristes porque hoje não é um capítulo de Técnicas Sanguíneas chegando na sua caixa de entrada.

Se você ainda não pegou os e-books da primeira e segunda temporadas, se inscreva na newsletter agora, porque vou retirar o link de download dia 31 e só vou por de volta quando postar o último capítulo da terceira temporada, em maio. Se você quer recomendar Técnicas Sanguíneas para seus amigos, 1) eu te amo, e 2) fala para eles se inscreverem logo.

Agora vamos aos updates.

Escrita

Depois das minhas férias eu ainda não retomei a escrita de “Um bom dia para não ser rei/rainha” — a famigerada sequência de “Eu que não amo você” — mas eu também não fiquei parada. O que eu fiz foi pegar todas as cenas que eu já escrevi e as que eu ainda quero incluir na história, e anotar elas em post-its, pra eu poder ficar movendo os pedacinhos, vendo em que ordem as coisas fluem melhor, onde ficou faltando um diálogo ou transição de cena, que pedacinhos apesar de charmosos eu vou ter que cortar, etc.

Uma foto do meu processo caótico pra vocês:

(Não, as cores não significam nada, eu só gosto de ter várias cores pra olhar.)

fotografia de uma folha de sulfite com post its verdes, rosa e amarelos se alternando, cada um com uma ou duas frases escrits.

Quando esse estiver escrito e encaminhado para a revisão, vai ser a hora de começar a trabalhar na quarta e última temporada de Técnicas Sanguíneas.

Não sei se eu cheguei a contar nessa newsletter, mas Técnicas Sanguíneas é uma ideia na qual eu comecei a trabalhar em 2016-2017, depois de uma fase de ler vários mangás de vampiro. A ideia original tinha umas 6 partes, e sofria de um mal muito comum às minhas ideias que é “eu não sei qual é a hora de parar esse treco”. Às vezes eu tenho a vida dos personagens desde quando os avós deles se conheceram até quando os filhos já são adultos, e é difícil acertar um recorte porque eu amo esses personagens e EU acho tudo na vida deles interessante.

Para Técnicas Sanguíneas, eu consegui achar o ponto final… da trama principal. Na minha cabeça já existem spin-offs, mas eu tenho que manter eles sob controle pra não colocar o caro na frente dos bois. E também pra poder focar em outros projetos, porque meu necromante e seu amigo paladino estão me julgando por demorar 3 anos pra escrever a história deles.

A vida, o universo, e tudo o mais

Eu decidi trocar de psicóloga. A minha psicóloga anterior vivia desmarcando comigo — as razões individuais eram perfeitamente plausíveis, mas quando você coloca todas juntas e vê que eu nunca tive 4 sessões seguidas a coisa parece ter um padrão. Então achei uma psicóloga nova, despejei um terço da lore da minha vida na orelha dela, e ela disse “vejo que temos muito o que trabalhar” e eu estou tipo “mas já? Eu ainda nem falei o resto…”

Agora estou escrevendo um documento me apresentando, apresentando a minha família e contando das questões que eu quero trabalhar… eu tinha pensado em fazer um PowerPoint, mas eu demoro demais pra fazer coisas visuais, então estou escrevendo um texto mesmo. Já está com cinco mil palavras e contando…

Acho que a frequência de uso de reticências nessa newsletter é um sintoma do cansaço que diminuiu graças às férias, mas que não passou de vez. Minha esperança é que o recesso de fim de ano ajude, e também estou me permitindo fazer coisas inúteis, tipo jogar videogame ou escrever uma fanfic de Pokémon (ainda não estou postando em lugar nenhum, mas, se eu for postar, vocês serão avisados).

Notas de Rodapé

Na minha seção de recomendações, não tenho muita coisa pra falar. Parte do meu cansaço se manifestar em ter menos empolgação sobre as coisas que eu gosto, mas aqui vão alguns destaques:

  • O joguinho que voltei a jogar foi Patapon 2, para PSP. Uso um emulador no celular, é um jogo de ritmo onde cada sequência de tambores é um comando para o seu exército: avançar, atacar, defender, recuar, pular, etc. Esse é um que não dá pra jogar em público, porque nos fones de ouvido — especialmente os fones bluetooth — sempre fica um delay entre o som e os botões, e seria muito rude jogar sem fone e deixar todo mundo escutando PON PON PATA PON quatrocentas vezes seguidas.

  • Estou quase terminando de reler “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, e gostando bem mais do que da primeira vez. A mediocridade do Brás é fascinante, porque você vê que ele não é nem bom nem ruim “por convicção”. Ele vai só surfando na onda do que é socialmente aceito e requer menos esforço. Às vezes os movimentos da vida pessoal dele quase levam ele a ser “bom por inércia”, mas no fim ele acaba sendo só “egoísta por inércia mesmo”.

  • Entre as minhas férias e essa newsletter terminei de assistir a primeira temporada de Diários de uma Apotecária, e gostei bastante. Durante o recesso vou tentar assistir a segunda, e fiquei animada quando a Editora Alt anunciou o lançamento da novel. Estou pensando com carinho em comprar.

Fora isso, até dia 31 devo fazer um post de retrospectiva de leituras no Instagram.

Por enquanto é isso. Dia 05/01/2026 retomamos com o capítulo 40 de Técnicas Sanguíneas. Até lá, Boas Festas.

Um abraço,

Ana.

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