Anotações Nº 17 - Notícias mais espaçadas agora

Técnicas Sanguíneas chegou ao fim, e agora eu dou uma pausa antes da próxima etapa.

Depois de alguns meses mandando e-mail toda semana, finalmente vocês vão ter um pouco de paz: "Técnicas Sanguíneas: Sol Cruel" chegou ao fim, e eu ainda nem comecei a escrever a parte 3 — que se eu não mudar de ideia vai se chamar "Memento mori". O que por sua vez me dá muita vontade de escrever uma parte 4 chamada "Carpe diem", só pra formar os parzinhos bonitinhos: noite sem fim/ sol cruel; memento mori/carpe diem. Mas a verdade é que essas divisões são muito baseadas na versão original da história que existia na minha cabeça em 2017, quando eu não escrevia que nem gente. Com as duas partes de Técnicas Sanguíneas que eu escrevi até agora, eu fui acrescentando detalhes que davam vida e riqueza aos personagens, ao mesmo tempo resumindo muito do enredo novelesco do conceito original. É preciso um distanciamento pra ver que nem todas as ideias são boas, ou pra ver que mesmo uma ideia sendo boa ela pode ser guardada para outro momento, e isso com certeza também vai acontecer com a parte 3. Talvez quando ela estiver pronta eu tenha amarrado a história tão bonitinho que não precise mais de parte 4. Veremos. Essas são as alegrias e as dores de ser uma escritora jardineira. (Se você recebeu essa newsletter por um amigo e não quer perder essas atualizações, agora é a hora de se inscrever)

Ainda falando sobre escrita, depois de editar e programar Técnicas Sanguíneas e então fazer ajustes na minha fantasia YA (um romance no momento buscando editora), eu simplesmente não me animei de escrever. Pelo menos não contos/ficção. Textos de não-ficção continuam saindo pela VAL, e eu até estou fazendo um esforço para voltar a ser regular no blog. Recentemente saiu um texto que é a menina dos meus olhos: O quanto eu sabia sobre quadrinhos e não sabia.txt.

Nele eu falo sobre um quadrinho que não gostei, e como ele foi fundamental para eu perceber que eu entendo algumas técnicas de contação de história no meio visual. E eu realmente não esperava por isso, porque eu sou bem ruim no departamento visual. Eu demorei seis meses pra enxergar a mariposa vermelha na capa de “Mariposa Vermelha”!

Capa do livro Mariposa Vermelha, que tem fundo azul esverdeado claro, e a imagem de uma moça de vermelho com cabelos castanhos esvoaçantes. Os cabelos cacheados dela se misturam aos galhos retorcidos de uma árvore seca no primeiro plano, e várias mariposas vermelhas pousam nesses galhos. Uma bem grande está ao lado da cabeça da protagonista, e uma está em suas mãos. (A título de curiosidade, a mariposa que eu não vi foi a maior)

Aliás, esses dias teve uma promoção e eu comprei “Mariposa Vermelha”, mais um livro físico pra ficar encalhado na estante porque recentemente os e-books estão fluindo melhor.

Não que eu não esteja lutando contra isso. Estou lendo "A vida e as mortes de Severino Olho de Dendê", e esses dias eu tive vontade de pegar o livro físico e fiquei lendo sem ser tentada a olhar o celular! Fazia tempo que isso não acontecia, e começo a ter esperança.

Falando em leituras, no finzinho de junho fiz um balanço de como iam as minhas metas de leitura desse ano. Pra quem tem curiosidade sobre porque eu faço metas de leitura ou como elas funcionam, eu falo sobre "Metas de leitura: porque e como" na VAL, e no instagram explico o esquema doido que criei para ao mesmo tempo colocar uma meta e respeitar os meus humores imprevisíveis. O fato é que esse ano eu queria ler:

  • 4 livros adquiridos entre 2020 e 2022

  • 4 livros adquiridos em 2023

  • 4 revistas ou antologias

  • 4 livros do Skeelo

  • reler 4 livros

Apesar de eu ter lido algumas dessas coisas, no ritmo que eu estava eu não ia bater a meta, então para o segundo semestre decidi colocar TBRs mensais. Para julho separei “Severino Olho de Dendê” (adquirido em 2023), “Abverbs” (adquirido em 2021) e “O Castelo das Águias”(Skeelo), mas também li “As sete mortes de uma sereia” e “The Grace of Wild Things”.

Banner com as capas dos cinco livros mencionados. Adverbs, de Daniel Handler, tem a capa ilustrada dividida em várias cenas coloridas com amarelo e cinza, e o título em vermelho. O catelo das águias, de Ana Lúcia Merege, tem uma ilustração de uma mulher com uma longa trança e um homem portando um bastão. A ilustração é em tons noturnos, com uma grande lua branca. Severino olho de dendê, de Ian fraser, tem a capa vermelha com a ilustração de elementos baianos e espaciais, com o protagonista, um homem negro de camisa vermelha aberta e olho e braço robôs no centro. As sete mortes de uma sereia, de Lis vilas boas, tem capa azul, e eu não entendo o que está acontecendo nela e não posso descrever. The grace of wild things, de heather fawcett, é uma ilustração vetorial em tons de ciano escuro de uma menina chegando em um chalé na floresta.

Eu amei demais esses dois últimos, e em especial queria falar sobre “The Grace of Wild Things”. Não uma sinopse/avaliação, porque isso você encontra no meu Goodreads, mas sobre o prazer inigualável de pegar um livro que você nunca ouviu falar, só porque gostou da capa dele na biblioteca, a sinopse parecia legal e você estava com tempo. Sério, se você tem acesso a uma biblioteca, crie esse hábito: olhe as estantes por gênero, puxe um livro da prateleira baseado só no título, julgue a capa, folheie. Aliás... você TEM acesso a uma biblioteca. Mesmo que fisicamente você não possa visitar uma, a BibliON está aí pra isso, e dá pra navegar bonitinho pelo site. Eles tem desafios temáticos pra cada mês, esse é sempre um jeito de descobrir livros novos.

Vou aproveitar meu surto de amor por bibliotecas pra deixar dois textos da VAL sobre o assunto:

Atualizações sobre escrita

Bom, eu comecei a newsletter de hoje praticamente cuspindo informações sobre Técnicas Sanguíneas, então vocês já sabem que eventualmente terá uma parte 3. O que eu posso acrescentar é que antes dela pretendo publicar alguns capítulos de Interlúdio focando nas vivências de outros vampiros desse universo. Com certeza teremos um capítulo da Nathalie, mas ainda estou pensando em quais outros podem se encaixar.

Tenho um conto pronto que quero publicar assim que conseguir fazer uma capa pra ele (esse vai depender das minhas próprias habilidades, mas o próximo eu pago alguém), e um que está travado no que eu acredito ser 66% da história. Quero atacar esse pra voltar desimpedida para o meu projeto absolutamente abandonado de NaNoWriMo "Sobre clérigos e necromantes", e obviamente Técnicas Sanguíneas também.

Notas de Rodapé

Também já falei bastante sobre minhas leituras recentes, mas acho que posso incluir aqui algumas recomendações de filmes e jogos que me fizeram companhia esses dias:

Os caras maus. Esse é um filme que eu queria ter visto no cinema, mas não tive oportunidade. Eu adoro filmes de assalto e filmes de animação, e esse é os dois. Achei um charme o jeito como os olhos e sobrancelhas dos personagens parecem 2D, e a fumaça do carro durante as perseguições! Adoro os trejeitos exagerados que só são possíveis em desenhos animados, e me diverti demais com a quantidade de plot twists por minuto. O principal deles eu sabia que ia acontecer, mas eu fui surpreendida sobre COMO aconteceu. Apesar de ser uma história bem simples e caricata, ela ainda permite umas reflexões interessantes.

Fuga das galinhas: ameaça dos nuggets. Eu tive muito medo desse, pois como fazer uma sequência para um filme brilhante e completo, certo? Mas foi maravilhoso, e a Netflix ainda teve a bondade de engatar no documentário do making-off, e eu sou apaixonada por stop motion. Será que pode pedir um estúdio em casamento? Mas enfim, outro exemplo de filme cartunesco e exagerado, muito divertido, mas que também traz alguns assuntos sérios de uma forma fácil de enteder.

Snake 97'. Eu queria um joguinho casual bobo, mas não queria essas coisas horríveis com mil power-ups e animações chiques e bônus e "para desbloquear o pipipi popopo faça compras no app". Então eu achei esse aplicativo que vem com "emulador de Nokia tijolão", e eu sou uma mulher feliz jogando o mesmo snake que eu jogava no meu primeiro celular em 2007. O fato que ele tem um teclado de Nokia velho torna tudo melhor kkkkk.

print de um aplicativo de celular que é uma foto tão realista de um celular nokia velho que parece que eu peguei a foto do celular e cortei um retângulo pegando a tela e as teclas.

Considerações finais

E é isso. Quarta à noite eu vou desativar o meu Twitter e entrar numa nova fase de me comunicar apenas pelo Instagram e pela Newsletter. Eu tenho medo de não alcançar mais tantas pessoas, e eu peço encarecidamente que vocês me recomendem para os amigos de vocês. A newsletter vai ser um negócio a cada 2 meses a não ser que eu tenha coisas muito importantes para contar, então podem recomendar sem medo de inundar a caixa de entrada com spam; e meu Instagram é 90% livros e 9% fotos do meu gato, eu prometo que é gostoso me seguir por lá.

Até a próxima!

Um abraço,

Ana.

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