Anotações nº 16 - Newsletteraço, (re)apresentação e reta final de Técnicas Sanguíneas

E-mail antes do esperado para participar do evento e recomendar outras newsletters legais.

Saudações do planeta quarta-feira!

Como podem ver, a newsletter hoje está vindo um pouco fora do cronograma. Isso se deve ao evento #Newsletteraço , onde autores de newsletter lançam várias coisas juntos para movimentar as coisas. Muitos deles usam o Substack, então fica mais fácil acompanhar a hashtag por lá, os autores conseguem marcar o perfil uns dos outros, os links ficam mais bonitinhos, etc. O que levanta a questão de: por que eu não escrevo no Substack?

Olha, francamente, não tem muito porquê. Um pouco, com certeza, mas não são grandes razões que se sustentam sozinhas. É mais um apanhado de razões pequenas.

Eu gosto de newsletters exatamente como um meio de escapar do algoritmo, e se todo mundo estiver refém da mesma plataforma acho que isso perde um pouco o sentido. Não sei se as recomendações do Substack são automáticas, mas as do Beehiiv sou eu que coloco: quando você assina minha newsletter e ele te sugere o "Verifique antes de ler" da Val Kyria, eu coloquei essa recomendação lá, porque eu sou a editora-chefe do Verifique Antes de Ler e estou curtindo muito os rumos que o projeto está tomando; e quando ele te sugere assinar o "Luas e Marés" da Lis VillasBoas, eu coloquei essa recomendação lá, porque a Lis escreve muito bem e sempre traz curiosidades marítmas incríveis. Antes ela trazia uma história de piratas também... saudades, Areia e Pólvora.

Outro motivo pra estar no Beehiiv é que conheci ele através da Isabelle Morais, que não queria usar o Substack pela falta de moderação da plataforma, que estava com grupos nazistas ou coisa do tipo se proliferando. O Beehiiv tem moderação? Sei lá. O Substack ainda tem esse problema? Sei lá. Mas não são todas as plataformas que dão palco pra maluco crescer com discurso de ódio? Sei lá. Eu falei que minhas motivações não eram mutio fortes.

O Substack também está caindo um pouco na lógica de rede social de ter "seguidores" em vez de só assinantes, e um monte de recursos pra incentivar as pessoas a usarem o app deles em vez de ler pelo e-mail. É meio parente da primeira razão listada, mas é isso: com a newsletter eu espero alcançar as pessoas que abrem a caixa de entrada, veem meu nominho lá e dizem "oba, vamos ver o que a Ana anda aprontando!". Pra essas pessoas, o pior que pode acontecer é elas olharem o e-mail e esquecerem de abrir (ou enjoarem de mim durante a temporada de Técnicas Sanguíneas. Eu me sinto terrivelmente spam mandando capítulos toda semana. Desculpa 😭 ) mas eles vão lembrar quando chegar o próximo, ou talvez quando me virem em uma das redes sociais que eu uso de forma mais ou menos regular.

Então, já que o newsleteraço é pra conhecer gente nova, vou assumir que temos recém-chegados aqui e me apresentar.

Oi, eu sou a Ana.

selfie na posição paisagem na qual é possível me ver sentada de pernas cruzadas com um gato marrom e branco no colo, olhando pra o lado oposto da câmera com o queixo apoiado no meu braço. Sou uma mulherbranca com óculos grandes quase escorregando para a ponta do nariz, usando uma blusa de flanela xadrez vermelha, com cabelo preto cacheado cheio e frizado.

Quase vesga tentando tirar a selfie num ângulo que pegasse o Pierre. Eu não tenho ideia de porque estava sentada no chão da cozinha, mas não tem como discutir com a geladeira no fundo.

Oi, eu sou a Ana, e eu escrevo. Profissionalmente? Eu tento. Mas falhando em escrever profissionalmente eu escrevo para sobreviver mesmo, porque se eu não anotar as idéias e cenários malucos da minha cabeça tem uma hora que eu simplesmente não consigo mais funcionar.

Tenho publicados na Amazon alguns contos de fantasia e ficção científica, que você pode ler com a assinatura do Kindle Unlimited, comprar por 5,99 ou esperar até o evento #ExplodaSeuKindle (13/07, marque na sua agenda) pra pegar gratuitos ou em promoção. Se vocês aceitam uma indicação, "Urbânides" é uma fantasia urbana onde existem ninfas que são personificações das cidades. E "Eu que não amo você" continua sendo o meu xodó, casalzinho composto por duas pessoas quebradas e horríveis que gastam todo o seu tempo útil tentando machucar um ao outro, até que uma situação de amnésia acaba fazendo eles terem a primeira interação honesta em anos.

Técnicas Sanguíneas

Aqui na newsletter eu publico a história seriada "Técnicas Sanguíneas", sobre um caçador de vampiros que foi transformado contra a sua vontade. Na primeira parte da história Daisuke está se acostumando com a vida noturna enquanto espera para descobrir o que sua criadora quer dele. Na segunda parte (atual) conhecemos outras facções de vampiros da cidade, mas ao mesmo tempo a história é pacata, reflexiva, sem muitas lutinhas e nenhum romance (porém personagens o suficiente pra você criar todos os sabores de ship possíveis, a maioria deles muito errado).

Falando em Técnicas Sanguíneas: semana que vem não haverá capítulo, porque era a semana na qual essa edição deveria sair. A história retorna dia 10/06, e estamos chegando no fim da parte dois! Quando esse bloco de capítulos acabar haverá um hiato de tempo indefinido até eu terminar de escrever a terceira parte, mas continuarei a atualizar vocês sobre a vida, o universo e tudo mais a cada dois meses.

Notas de Rodapé

A seção "notas de rodapé" é reservada para falar de coisas que li, assisti ou joguei recentemente. Em homenagem ao Newsletteraço quero focar em algumas outras newsletters que eu gosto:

Rouxinovel

Na Rouxinovel a Bea publica “Tratado de Vidro”, e essa história longa e emocionante é sem brincadeira uma das melhores da atualidade. A Bea tem vocabulário (sempre uma coisa deliciosa) e sabe escrever DRAMA. Sério, eu não tenho como elogiar o suficiente. Tratado de Vidro tem uma família que se ama, mas que nem sempre consegue entender o ponto de vista uns dos outros e se comunicar de forma eficaz; tem luto por um irmão que mais do que um irmão carregava uma parte da alma deles, porque “almas gêmeas” , ou nesse caso trigêmeas, não tem que ser uma ligação romântica; tem amigos de infância noivos por causa de um tratado político e tentando entender o que muda no relacionamento deles; tem a herdeira aprendendo a governar e tendo que combater os nobres mais conservadores; e no fundo de tudo tem uma sugestão de maldição e vidas pregressas. Só leiam, sério.

Das 5 às 7

Às vezes diarinhos da Michelle, às vezes conversas sobre cinema. Michelle fala muito de filmes de terror, e eu que sou covarde demais pra assistir gosto de ler as análises, descobrir que nem todo terror é “grupo de adolescentes por alguma razão acha que entrar em propriedade abandonada vai ser legal”. Em particular, gostei muito dessa edição sobre filmes de terror que fogem dos esteriótipos femininos:

Outros textos legais são o “Traduzir é definir”, da Paula Maria, sobre a relação complicada entre palavras, significados das palavras, e significados dentro da nossa cabeça; e o texto da Luisa Pinheiro sobre livros grifados e como eles carregam um pedaço de nós.

E é isso. Nem tudo o que eu escrevo eu acho digno de enviar direto na sua caixa de entrada, então também mantenho o blog Crônicas do Bloco de Notas pra soltar umas reflexões pessoais, resenhas, contos de qualidade questionável, e assim por diante.

Boas vindas a todo mundo que chegou hoje, bom vê-los novamente para todo mundo que já estava aqui.

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